quinta-feira, 2 de junho de 2011

Escrita e subjetividade


Oi, pessoal!

Outro dia, estava eu lendo um interessante artigo e o e o autor deste destacou uma citação de outro autor, muito profunda, a meu ver:
"a escrita (e especialmente a alfabética) é uma tecnologia, exige o uso de ferramentas e outros equipamentos: estiletes, pincéis ou canetas, superfícies cuidadosamente preparadas, peles de animais, tiras de madeira, assim como tintas, e muito mais. (...) A escrita é, de certo modo, a mais drástica das três tecnologias [escrita, prensa,  computador]. Ela iniciou o que a impressão e os computadores apenas continuam, a redução do som dinâmico a um espaço mudo, o afastamento da palavra em relação a um presente vivo, único lugar em que as palavras faladas podem existir".
Confesso que não tinha parado para refletir acerca da escrita a partir dessa ótica, de que essa tecnologia substituiu o som dinâmico por um espaço mudo. Dessa forma, acabamos por dar mais ênfase à visualização, o que fragmenta o nosso modo de ver e perceber o mundo que nos cerca. Isso, pois os sentidos acabam por não "trabalhar juntos" no mesmo ritmo, dificultando a constituição de um pensamento Eco-Sistêmico sobre o qual comentei em post anterior.
A leitura do artigo pode contribuir para que reflitamos sobre os efeitos das tecnologias na constituição da subjetividade e, consequentemente, na forma de compreender a complexidade que permeia os fenômenos da contemporaneidade. 
Clique aqui para acessar o artigo.
Boa leitura e comentem o que acharam do artigo!
Rafael

Um comentário:

  1. Oi, Rafael!
    Pois eu também não havia pensado a respeito... mas achei muito interessante o trecho que colocaste sobre a Escrita como tecnologia. Vou ler o artigo. Um abraço e obrigada por visitar meu blog.

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